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16.3.18

Eu, Tonya

Eu, Tonya
Craig Gillespie
2017
Filme
8 em 10

Pode não ter sido o filme mais premiado dos óscares, mas a verdade é que - até agora - é capaz de ter sido o meu preferido. O que posso fazer... Eu tenho um fraquinho por patinagem artística! xD

Esta é a história, baseada em factos que são reais e em outros que não são reais, de Tonya Harding. Esta campeã da patinagem artística, que conseguiu fazer coisas consideradas impossíveis no gelo, esteve - na sua época - envolvida num estranho escândalo em que foi acusada de planear um ataque à sua rival, lesionando-a num joelho.

Mas este filme fala de muito mais do que o escândalo em si. Fala da vida de Tonya enquanto patinadora. Porque ela nunca foi mais nada do que uma patinadora. Não sabe mais nada, nunca fez nada de diferente. A sua mãe sempre a pressionou para que fosse a melhor, para que ganhasse, sempre a motivou da forma mais agressiva possível. E os resultados só se viram muito mais tarde... Realidade? Talvez.

A história é emocionante porque nos fala de um lado deste desporto no qual nunca tinhamos pensado e, com isso, faz uma profunda reflexão sobre a segregação de uma maioria branca mas que, devido ao próprio ambiente das suas vivências, é extremamente pobre e ignorante. Tendo isso em perspectiva, as pequenas vitórias de Tonya Harding tornam-se cada vez mais importantes para o espectador, que não suportará as injustiças de que - constantemente - é vítima.

Também aborda temas difíceis, como a violência na relação e no ambiente doméstico, caracterizando na perfeição o elemento abusador e manipulador, que acaba por destruir todos os sonhos com a sua ignorância e teimosia.

De resto, uma nota para as excelentes interpretações, para a magia que fizeram em todas as partes artísticas geladas e, também, para o guarda roupa fascinante (apetece-me fazer muitos daqueles vestidinhos :3 )

Gostei tanto que fui investigar a vida da verdadeira Tonya Harding. Certamente que não é, de todo, tão estimulante como o filme...

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