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18.2.15

Pictures at an Exhibition

Pictures at an Exhibition
Osamu Tezuka - Mushi Productions
Anime - Filme
1966
8 em 10

Como estive doente, as celebrações do Dia dos Namuraduhs, também conhecido por SãoValentimerda, foram transladadas para a noite entre segunda e terça feira de Carnaval. Para uma noite calma, sugeri vermos este pequeno filme, que tinha sido sugerido pelo meu clube. Como me esqueci de o levar, vi-mo-lo no Youtube, onde está juntamente com uma série de outros (que vimos a seguir)

Osamu Tezuka, o pai do manga tal como o conhecemos e também do anime, passou os seus anos 60 trabalhando numa série de animações experimentais, exercícios de imaginação e técnica que não podem passar desapercebidas a qualquer fã de anime. Utilizando a animação como ferramenta de crítica social, Tezuka mostra-nos o melhor que a época tinha para dar, com resultados que ainda hoje são espectaculares.

Neste pequeno filme, vamos visitar uma exposição ao som de música clássica (se bem que um pouco vanguardista). Passamos por quadros diversos, muitos deles que mostram pessoas famosas, cada um com um estilo distinto, e de repente podemos olhar para alguns em específico e imaginar a história que está por trás deles. Criticando todas as coisas, modernas para a época mas ainda actuais, desde a destruição da natureza à cirurgia plástica, passando por uma sequência impressionante sobre a guerra, podemos ver curtos momentos de animação sublime, diferente, sem regras e fazendo uso de toda uma imagética que viaja por todos os estilos comuns da altura.

A história que mais me impressionou foi a do jardineiro do jardim electrónico que, com um toque da infantilidade que os desenhos animados tinham como estigma, aborda o assunto de forma poética e com um toque de sadismo.

As sequências são muito vivas, embora a paleta de cores seja reduzida, o que faz todo o sentido tendo em conta o período histórico em que se insere.

É um filme que todos podem ver e que vale realmente a pena, tanto em termos históricos como em termos artísticos propriamente ditos. A genialidade de Tezuka não se encontra na popularidade dada por animes como Astro Boy ou o Kimba, mas nestas pequenas coisas que, estando livres das convenções televisivas e censura, ultrapassam as barreiras do políticamente correcto e criam algo fundamentalmente único.

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